sábado, 30 de abril de 2011

Despedida


"Toda despedida é sempre doída, não é verdade? Despedir-se é tão ruim. Hoje você saiu de casa e deu tchau para um monte de gente, não foi? Tchau, até mais tarde. Se você soubesse que foi a ultima vez? Porque na verdade, despedida é um jeito de viver. O que nos faz ficar satisfeitos ou não do jeito como nos despedimos é tudo aquilo que antecedeu, é tudo aquilo que foi vida. Você tem como modificar o jeito de como você saiu de casa? Você tem como modificar o jeito de como você encontrou pela ultima vez as pessoas que você ama? Não! Mas, você pode modificar o jeito de como vai voltar. Por isso que o amor é sempre feito de futuro, ele sempre nos dá a oportunidade de voltar e fazer de um jeito certo. Consertar quem sabe! E declarar amor é um jeito bonito que a gente tem de reacender a força dos relacionamentos. Porque às vezes a gente se acostuma com as pessoas que estão ao nosso lado, a gente nem diz mais que a ama.
Cada vez que a gente ama de verdade, a gente leva um prejuízo grande, mas o interessante é que no amor, parece prevalecer aquela regra da matemática, onde o menos vale mais. Nada pode nos acrescentar mais na vida do que a nossa capacidade de amar. Quando você verdadeiramente ama uma pessoa, com toda reserva de gratuidade que você tem, quando você amou não porque você esperava alguma coisa, mas porque você sabia que daquele coração ali, ao invés de você dar, você estava recebendo. No momento que você ama, quando você faz na gratuidade, o nosso coração se enriquece de um jeito que não há nada nessa vida que possa ser maior que essa beleza. Eu fico grande cada vez que tenho a oportunidade de amar alguém de verdade. O amor nos torna grandes, o amor nos torna maiores, o amor nos torna mais interessantes e você identifica isso nos olhos. Quanto mais uma pessoa ama, maior é a grandeza que ela tem dentro do coração."

- Padre Fábio de Melo 

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